quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Críticos culturais avaliam o K-Pop nos Estados Unidos



Celebridades K-Pop já provaram sua popularidade na Ásia. A maioria já deu o primeiro passo para conquistar o mercado japonês. Encorajadas pelo sucesso das promoções no país vizinho, as agênciasSMJYP e YG Entertainment agora visam os Estados Unidos. Ou pelo menos visam tentar conquistar o mercado norte-americano mais uma vez.
Realmente existe um mercado direcionado para jovens nos Estados Unidos. Mas é difícil atingir este público, como aconteceu com a cantora BoA, da SME, e as garotas do grupo Wonder Girls, da JYPE. Mesmo que elas não tenham sido bem sucedidas, as agências de entretenimento planejam tentar conquistar a América do Norte mais uma vez.
BoA foi pioneira na exportação de artistas coreanos em 2001, com a versão japonesa do álbum ‘ID Peace B’. Ela precisou de um tempo para se tornar uma estrela na terra do sol nascente – a cantora passou grande parte da sua carreira no Japão, para desespero dos fãs coreanos. A SME investiu na estreia de BoA na América em 2009 com o álbum ‘Eat You Up’. Apesar da intensa divulgação da imprensa e da agência no período de lançamento do álbum e do clipe musical, as reações foram breves. Muitos se questionam se a cantora foi notada.
SM Entertainment recentemente divulgou a viagem do SNSD para os EUA, onde concederá entrevista para as agências de notícias Associated Press e E in America. O grupo também participou dos programas ‘Late Show With David Letterman’ e ‘Live! With Kelly’.
Apesar do SNSD ter conseguido traduzir suas letras contagiantes para o japonês, as versões em inglês de suas canções possuem ambiguidades como na faixa promocional ‘The Boys’, cujo verso diz “Call all emergency / I’m watching the phone ring (Chame toda a emergência / Observo o fone tocar)”. O álbum ‘The Boys’ ficou em 22° lugar da parada Heatseekers dos 25 álbuns mais vendidos na Billboard.
JYP Entertainment, conduzida pelo cantor e compositor Park JiYoung, tem focado seu sonho americano no quinteto Wonder Girls. Porém, a habilidade do grupo em fazer sucesso nos Estados Unidos é incerta. Em novembro, as artistas voltaram para a Coreia para promover seu segundo álbum ‘Wonder World’. Em vários programas de entrevistas elas admitiram ter dificuldades em aprender inglês.
Mas o grupo quer investir no marcado dos Estados Unidos novamente. O filme ‘The Wonder Girls’ será exibido no dia 2 de fevereiro no canal Teen Nick, direcionado para o público adolescente. O grupoSchool Gyrl, que estreou em um filme do canal infantil Nickelodeon, também participará do longa. Pouco se sabe do School Gyrl além da participação no filme da Nickelodeon.
O professor Jin JongHoon, crítico musical e acadêmico da Universidade KyongGi declarou ao jornal The Korea Times que o K-Pop está negligenciando 2 grandes canais de marketing – empresas como a SamSung e a HyunDai são quase onipresentes na América do Norte.
O professor declarou: “Artistas de K-Pop podem ser os símbolos de empresas multinacionais e se beneficiar com a colaboração. Muitas pessoas conhecem os produtos destas companhias, mas honestamente algumas ainda não sabem dizer se elas são japonesas e coreanas”. Utilizar artistas para campanhas publicitárias com corporações que já tenham um mercado estabelecido nos Estados Unidos, Jin acredita, pode ajudar o K-Pop a conquistar efetivamente o público norte-americano.
O professor Jin afirma que os artistas K-Pop provavelmente não consigam se incorporar ao principal mercado musical dos Estados Unidos. No entanto, ele acredita que o K-Pop possa atrair ouvintes específicos e que procuram por alternativas parecidas às suas peformances na Europa. “K-Poppode ser bem recebido como uma raridade temporária”. De acordo com Jin, para influenciar uma cultura, um recém chegado precisa mostrar um conteúdo avançado e não se sabe se o K-Pop pode oferecer isso ao mercado americano.
O crítico cultural Jung DukHyun crê que os esforços das agências musicais para conquistar o mercado global merecem crédito. “O J-Pop sumiu rapidamente porque seus fornecedores dependiam do mercado doméstico. O Japão já possui um mercado substancial que é alvo dos produtores. Porém oK-Pop, ciente das limitações de consumo doméstico, dirige seu olhar para o mercado internacional quando produz suas músicas e coreografias”.
Jung também não acredita que o K-Pop será a próxima sensação na América. “Os artistas são particularmente bem recebidos no Sudeste Asiático por serem considerados produtos culturais de países mais desenvolvidos, mas esta não será a reação nos Estados Unidos”.

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