Esta é uma publicação feita por Tiger JK (Seo Jeong Kwon), rapper coreano-americano, mais conhecido como um dos membros fundadores do grupo de hip-hop Drunken Tiger. Ele também é fundador e ex-diretor executivo da Jungle Entertainment. Ele é casado com Yoon MiRae (Tasha) que é rapper e também cantora, e que tem descendência coreana e afro-americana.
Vamos dar as crianças mais informações e oportunidades para aprenderem sobre o preconceito racialAssim que lí os comentários e respostas à notícia sobre o lutador de UFC (Ultimate Fighting Championship) Ben Henderson, eu fiquei triste e perturbado com alguns insultos raciais. Ele era filho de mãe coreana e pai afro-americano. Ele queria retornar a Coreia para sentir-se como parte da sociedade coreana.Tais exemplos de discriminação não são casos isolados… os comentários ao artigo sobre o programa de humor ‘Sebakwi’ (‘Three Wheels’), mostrando uma imitação blackface(técnica de maquiagem teatral na qual artistas brancos criam uma caricatura estereotipada de uma pessoa negra), também revelam preconceito.“Por que devemos nos desculpar? Eles não zombam de asiáticos-americanos também?”, alguns perguntaram, enquanto outros diziam, “Eles eram apenas comediantes imitando personagens de desenhos animados, figuras pintadas de preto e de lábios grossos se apresentando em programas de humor como o Saturday Night Live (da rede de TV americana NBC).”Eu compreendo perfeitamente que os atos retratados não pretendiam intencionalmente difamar e nem antagonizar os negros, e esse tipo de cena cômica apareceu em muitos outros programas de variedades, tanto na TV aberta quanto na TV por assinatura.No entanto, eu acho que é hora de deixarmos as crianças aprenderem a coisa certa a se fazer, a coisa errada, e o que não fazer. Eu acho que deveríamos tentar oferecer-los informações e oportunidades o suficiente para mudarem sua percepção sobre o preconceito racial.A discriminação racial e os preconceitos costumavam existir em qualquer país do mundo. Mas agora o mundo encolheu em uma comunidade global. A Coreia está atualmente aproveitando-se da atenção que está sendo dada pelo mundo com o fenômeno do K-Popjuntamente com outros recursos humanos.Se nós aprendermos um pouco mais sobre a história dos africanos, podemos entender porque não é certo apresentá-los como objetos de zoação. Porque a história deles contém dor, revoluções com muitas mortes, e luta para recuperar sua dignidade humana.Como vocês podem saber muito bem, a escravidão africana é uma história bastante trágica e recente no grande esquema das coisas. Não muito tempo atrás na história americana, eles nem podiam sequer compartilhar os mesmos restaurantes, ônibus e até mesmo salas de descanso com outras raças! Eles nem podiam participar de filmes de Hollywood que seriam ridicularizados por pessoas brancas.A discriminação racial existe no mundo dos esportes também, mas punições pesadas acompanham tais ações. A Sony Music também teve que pagar um preço alto por lançar músicas de seus artistas que tinham conteúdo racista. A ESPN (canal americano de entretenimento esportivo) teve que punir imediatamente seu funcionário por escrever na manchete algo que ofendia a sensação asiática-america do basquete, Jeremy Lin. A escolha errada das palavras e ações podem colocar uma enorme alavanca nas coisas. As palavras (referentes a Jeremy Lin, que tem descendência chinesa e taiwanesa) que causaram polêmica no mundo todo foram, ‘Chink in the armor’ (‘Fenda na armadura’, enquanto ‘chink’ significa fenda/fissura/rachadura/rasgo -que pode ser uma referência aos olhos puxados dos asiáticos-, ‘in the armor’ é uma expressão usado no mundo dos esportes para referir-se a algo vulnerável, o aparente duplo sentido do uso da expressão em referência a um atleta asiático foi visto como ofensivo).A Coreia realiza muitos concertos de K-Pop e premiações musicais no exterior. Precisamos de mais apoio das pessoas no mundo, não só de fãs de música mas também de outras áreas.O diretor do sucesso cinematográfico ‘Tower Heist’ (‘Roubo Nas Alturas’) foi banido das premiações do Oscar por suas declarações que discriminam homossexuais. Espero que os nossos jornalistas se esforcem em dobro para encaminhar as crianças e os jovens para aprenderem mais sobre o fluxo das pessoas no mundo, e sobre igualdade racial e justiça.Obrigado por lerem minha humilde opinião.Atenciosamente,Tiger JK
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