terça-feira, 24 de abril de 2012

Exército norte-coreano ameaça a Coreia do Sul



Nesta segunda-feira, 23 de abril, o exército norte-coreano acusou o governo da Coreia do Sul e sua mídia por transmitir mentiras sobre a sua liderança e ameaçou colocar em prática “ações especiais”.
A Coreia do Norte já ameaçou diversas vezes o governo do presidente Lee MyungBak na Coreia do Sul, no entanto, nas últimas semanas, as suas ameaças se tornaram ainda mais duras e mais específicas, o que levou alguns analistas a alertarem que a nova liderança da Coreia do Norte pode levar a uma provocação militar, como parte da tentativa de estabelecer a autoridade de seu presidente Kim JongUn e aumentar seu poder de negociação com os Estados Unidos.
Hoje, o exército norte-coreano disse que vai agir “em breve” e revelou os seus ‘alvos’, estes incluem o governo do presidente Lee MyungBak, e várias meios de comunicação, como jornais e programas responsáveis por divulgar informações falsas e “destruindo a opinião pública imparcial”.
O ‘grupo de operações especiais’ do Comando Militar norte-coreano disse em um comunicado divulgado pela Agência Central de Notícias da Coreia do Norte: “As ações especiais de nossas Forças Armadas Revolucionárias vão começar em breve para enfrentar o grupo de traidores imprudentes. Eles vão reduzir todos os grupos e suas bases de provocações a cinzas em 3 ou 4 minutos, talvez em tempo muito mais curto, por meios sem precedentes peculiares e métodos do nosso estilo”.
O Ministério da Defesa de Seul, fiel à sua política, disse que não irá reagir ao que considera propaganda da Coreia do Norte, mas lembrou que o exército da Coreia do Sul e seus aliados norte-americanos estavam prontos para enfrentar qualquer provocação do Norte.
A tensão entre as 2 Coreias cresceu mais desde que a Coreia do Norte desafiou a pressão internacional e lançou um foguete no último dia 13 de abril, em uma tentativa fracassada de colocar um satélite em órbita. O governo também abandonou o acordo feito com os Estados Unidos, no qual a Coreia do Norte prometeu suspender o enriquecimento de urânio, seus testes nucleares e de mísseis de longo alcance.
O Sr. Lee MyungBak chamou o lançamento do foguete de um desperdício de dinheiro que poderia ter sido usado para comprar comida para os norte-coreanos. Na semana passada, ele também aconselhou“o jovem líder do Norte” a abandonar ‘o sistema de fazenda coletiva’ de seu país para resolver seu problema alimentar. A Coreia do Sul também apresentou um novo míssil capaz de atingir alvos em qualquer lugar na região Norte.
A Coreia do Norte realizou comícios em massa de soldados e trabalhadores chamando o governo de Lee de “um grupo de ratos” e prometendo destruí-lo. O motivo para a Coreia do Norte atiçar o país vizinho está ligado à tensão que cresceu uma vez que o país está enfrentando grandes sanções após o lançamento do foguete fracassar, disse Yang MooJin, professor universitário na área de Estudos Norte-Coreanos. ”Eles usam a provocação para chamar a atenção dos Estados Unidos e da China. Agora, há uma possibilidade maior de os norte-coreanos começarem a agir”, disse Yang.
Até agora, nenhuma das recentes ameaças da Coreia do Norte se traduziu em uma provocação armada, em parte porque o Norte tem se concentrado em eventos políticos em casa, como as reuniões parlamentares realizadas este mês para completar ascensão oficial de Kim JongUn ao poder supremo, disse Cheong SeongChang no Instituto Sejong da Coreia do Sul. “Agora que todos estes eventos terminaram, a Coreia do Norte parece estar voltando sua atenção para o mundo exterior e prepara uma provocação contra a Coreia do Sul”, disse o Sr. Cheong.
Cheong alertou que a Coreia do Sul deve se preparar para as provocações norte-coreanas, como a pirataria de governo e sites de notícias de mídia da internet e até mesmo ataques bio-químicos. O Sr.Yang disse que as ações da Coreia do Norte estariam limitadas a provocações ao governo, mas não o público sul-coreano.
Autoridades sul-coreanas, incluindo o presidente Lee MyungBak, recentemente advertiram que a Coreia do Norte pode tentar provocações para influenciar o resultado da eleição presidencial na Coreia do Sul, em dezembro. Em um documento lançado no último fim de semana, Choi JinWook, um analista do governo financiado pelo Instituto de Unificação Nacional da Coreia, alertou que o controle de Kim JongUn ainda não está sólido e essa é uma competição da elite para provar sua lealdade, o que torna as decisões da Coreia do Norte mais imprevisíveis. “Se Kim JongUn não controlar a provocação característica do norte na tentativa de mostrar sua lealdade pela elite, vamos ver mais provocações”, disse Choi.
A mídia brasileira também relatou a informação nesta segunda-feira, dia 23, como foi o seguinte caso:
Militares da Coreia do Norte prometeram nesta segunda-feira colocar em prática “ações especiais” não especificadas com o objetivo de reduzir a cinzas em menos de quatro minutos o governo conservador da Coreia do Sul junto com meios de comunicação, em uma escalada de ameaças recentes.
A Coreia do Norte critica regularmente a Seul e na semana passada renovou sua promessa de iniciar uma guerra santa ao dizer que o presidente sul-coreano Lee Myung-bak havia insultado as comemorações do centenário de nascimento do fundador nacional Kim Il Sung em 15 de abril passado.
Mas o comunicado militar desta segunda-feira, que promete ações de “meios peculiares sem precedentes”, é incomum ao se referir a um período específico de tempo. A ameaça acontece depois de uma condenação das Nações Unidas ao lançamento por parte da Coreia do Norte de um foguete de longo alcance que explodiu pouco depois de ter decolado em 13 de abril.
Washington, Seul e outros governos qualificaram o lançamento como um disfarce para testes de tecnologia para mísseis de longo alcance. Pyongyang disse que o lançamento era para colocar um satélite em órbita. As ações especiais do Norte “reduzirão a cinzas todos os grupos e as bases por provocações em três ou quatro minutos, ou em menos tempo, sem precedentes por meios peculiares sem precedentes e métodos de nosso estilo”, segundo o comunicado do grupo de ação de operações especiais do Comando Supremo do Exército Popular da Coreia.
Alguns analistas sul-coreanos especularam que o objetivo da declaração norte-coreana era deixar Seul nervosa, enquanto outros disseram que a Coreia do Norte poderia estar planejando ataques terroristas.
Fonte: Sarangingayo
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